THOHOÛ WA-BOHOÛ – O CAMPO DAS POSSIBILIDADES
A expressão hebraica thohoû wa-bohoû – Bereshit-Gênesis 1.2, traduzida como “sem forma e vazio”, refere-se a um germe potencial de se estar contido dentro de outra existência potencial, revelando a ideia de camadas do abismo (th’hôm) de ser que é essencial à cosmologia nativa do Oriente Médio.
O autor de Bereshit-Gênesis descreve o estado primordial do universo como sendo uma semente de possibilidades envolvidas pela casca de uma outra possibilidade. Casca e semente coexistem como os paradoxos problema e solução, pergunta e resposta. O interior abre seu caminho até o exterior, ou o exterior é que atrai o potencial latente do interior? Essa questão ajudou a criar o Universo, diz o autor dessas passagens.
Quando fazemos a guematria cabalística da expressão thohoû wa-bohoû, encontramos o seguinte valor: Tav = 400 + Hei = 5 + Vav = 6 = 411; Vav = 6 + Bet = 2 + Hei = 5 + Vav = 6 = 19; 411 + 19 = 430 = 4 + 3 = 7, o número 7 está associado a sétima sefira da Árvore da Vida, Nêtsach, que significa “vitória, eternidade”. Ela se encontra no mundo de Ietsirá, o Mundo da Formação, justamente o local onde o caos passa a ordem (cosmos). 7 também corresponde a 3 + 4, três é emanação e quatro, realização, estabilidade, também pode ser entendido como o três representando a essência (espírito) e o quatro a forma (matéria).
Trazendo essa reflexão para a nossa vida, diante de todo o caos que se encontra diante de nós, devemos nos voltar para o nosso interior com o objetivo de despertar os potenciais inatos que são capazes de gerar novas perspectivas, ou seja, devemos preencher o vazio existencial possibilitando a abertura para novas formas/possibilidades de realização, pois estamos no Mundo de Assiá, o Mundo das Ações/Realizações. Há um germe potencial latente dentro de cada um de nós, que chamamos de Centelha Divina.
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