sábado, 12 de abril de 2025

"O homem sábio

 "O homem sábio sabe que é melhor sentar-se nas margens de um córrego de uma montanha remota do que ser imperador do mundo inteiro."


Zhuangzi - 

Imagem: daffact, por Pixabay

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Kong Xin Cai


Kong Xin Cai


              Quando se viaja pelo sul da China e por todo o Sudoeste Asiático, seja qual for o nível da cozinha que tenhamos escolhido, desde a luxuosa à simples “street food”, há um vegetal desconhecido que é omnipresente e que nos encanta, quer seja servido como acompanhamento, entrada ou até como prato.

Geralmente salteado em óleo, com sal, alhos e, por vezes, algum molho de soja, é algo que situamos entre grelos, espinafre e agrião, ficando longe de qualquer deles. Ao indagarmos do que se trata, se temos a sorte de ser um falante de inglês, dir-nos-á que émorning glory ou Water spinach. Se o interlocutor não fala inglês, os nomes passam então pelas mais diversas formas, ong choy, kang kong, kang kung, kong xin cai, tung choi, rau muông no Vietname, e mais uns quantos. 

Para a frente, passarei a designá-lo pela versão mais corrente em mandarim e que também é a forma por que é conhecido nos mercados chineses de Lisboa : Kong Xin Cai que, literalmente, parece querer dizer “vegetal sem coração”, em alusão a apresentar caules ocos, como os do agrião.

Tenha ou não “coração”, o certo é que oKong Xin Cai é um vegetal delicioso e a boa notícia é que, apesar de se tratar de uma planta aquática tropical, é fácil encontrá-la, fresquíssima, durante a estação quente, cultivada por agricultores chineses a residir em Portugal e disponível, a preço de espinafre ou de grelos, nos supermercados chineses.

Sabendo que se aproxima a estação em que não vou mais poder dispor de Kong Xin Cai, pois não aguenta os rigores frios do nosso Inverno, fiz uma provisão desta preciosidade, que guardo semi-cozinhado e congelado. Mas por agora e até ao fim de Outubro, podemos usá-lo fresco, assim:


Ingredientes:

Kong Xin Cai

Alhos

Sal e pimenta

Malagueta

Óleo alimentar

Molho de soja, Tofu fermentado ou Molho de ostra (facultativos)


Preparação:

Compre um molho de kong xin cai, num supermercado de produtos chineses.

Esta erva tem uma forma aparentada com um pé de grelo de nabo, mas sem flor e pode aproveitar, além das folhas, também a maior parte do caule, que só não é comestível na base, por ser algo fibroso.

Depois de cortar a base, separe as folhas dos caules, já que, apesar de estarem juntos no final, têm tempos de cocção diferentes.


Isto distingue um prato de Kong Xin Caide cozinha cuidada. No uso em cozinha popular, a planta, caule e folhas, é simplesmente cozinhada em conjunto, ficando as folhas um pouco cozidas demais e os caules um pouco al dente demais. Experimente as duas versões e escolha. Eu prefiro, sem dúvida, a versão mais cuidada e um pouco mais trabalhosa:

Após separar a parte inferior do caule, deve separar caule e folhas,


depois cortar os caules em pedaços de poucos centímetros.

Lave bem em separado e em diversas águas; como com qualquer planta aquática, não podemos garantir o estado sanitário das águas utilizadas no seu cultivo, pelo que uma lavagem exigente é mandatória.

Num óleo alimentar, salteie em lume forte, alhos fatiados, malagueta a gosto, sal e pimenta e os caules em pedaços.


Deixe cozinhar por cerca de 10 minutos. 

Introduza depois as folhas e deixe cozinhar por mais 5 minutos ou até estarem a seu gosto.

Está pronto a comer o Kong Xin Cai, na versão que mais me agrada, os seus sabores e textura subtis apenas aromatizados pelo alho, malagueta, sal e pimenta, às vezes com um pouco de molho de soja, no fim. 

Localmente, usam-se além dos ingredientes indicados, o tofu fermentado. O sabor deste tofu é muito intenso e pungente e prefiro dar mais liberdade ao sabor próprio do Kong Xin Cai. O molho de ostra ou, na sua falta, um filete de anchova desfeito no óleo inicial, são também opções a considerar.

Kong Xin Cai serve como acompanhamento


 
ou como entrada vegetariana, numa versão que no Sudoeste Asiático é prato único para a refeição de muita gente e que a mim me encanta sobremaneira: misturado com arroz branco, numa tijela que tem o condão de nos transportar ao outro lado do mundo.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Cuscuz de tapioca e côco com cobertura de leite condensado e mais côco!

 

Cuscuz de tapioca e côco com cobertura de leite condensado e mais côco!


Quem já foi para a Bahia com certeza já experimentou cuscuz de tapioca. Geralmente ele aparece na mesa do café da manhã dos hotéis e, de fato, ele é um ótimo doce de desjejum, pois não é muito doce e é rico em leite. Ele lembra um manjar, só que granuladinho. O gosto de côco invade a boca e a consistência da goma da tapioca cria uma resistência gostosa na hora de mastigar.

Além de gostoso, não contém glúten e é facílimo de fazer. Quer ver?

Cuscuz de tapioca
  • 500 g de farinha de tapioca granulada
  • 1 e 1/2 litro de leite
  • 200 ml de leite de côco
  • 1 pacote de 100g de côco ralado fino (opcional)
  • leite condensado e/ou açúcar para adoçar
  • leite condensado e côco em flocos adoçado, a gosto, para a cobertura
Primeiramente, dica: faça de um dia para o outro. Você faz a receita e deixa descansar na geladeira durante toda a noite.

Despeje a farinha da tapioca misturada com o côco ralado fino (opcional) num refratário ou fôrma grande, de 30 a 40 cm. Você pode usar também uma fôrma para pudim, mas unte com manteiga para desenformar bonito.

Misture o leite de vaca e o leite de côco e adoce a gosto com leite condensado ou açúcar (ou uma combinação dos dois). Eu gosto de deixar pouco doce, pois depois vamos cobrir tudo com leite condensado e côco adoçado. Portanto: cuidado, formiguinhas!

Leve ao fogo e aqueça só até misturar tudo. Deixe amornar e depois despeje sobre a farinha de tapioca que está no refratário, cuidando para que a mistura esteja nivelada e toda a farinha em contato com o líquido.


Leve à geladeira por umas 10 a 12 horas. A tapioca vai absorver todo o líquido e se transformará numa espécie de pudim, bem firme.

Sirva com leite condensado e côco em flocos adoçado por cima. Uma delícia!!!

quarta-feira, 9 de abril de 2025

"A luz do olho, a luz de nossa atenção, é determinada pela luz de nossa consciência.

 "A luz do olho, a luz de nossa atenção, é determinada pela luz de nossa consciência. 


É dessa força de luz que nós haurimos. No entanto, a imagem do mundo que nós mesmos criamos, que projetamos, significa, ao mesmo tempo, o limite de nossa percepção. Olhamos para algo até que enxerguemos o que acredi­tamos ver. Com a luz de nossos olhos, vemos apenas o que nós próprios somos. Portanto, a radiação de nossos olhos forma um círculo de cons­ciência fechado em torno de nós: é o nosso campo de visão.


Quando uma luz mais ele­vada consegue penetrar nesse círculo fecha­do de consciência, produz-se no homem a inteligência para uma realidade mais eleva­da."


Trecho do Artigo: "A luz do olho" - Revista Pentagrama Ano 34, Nr 2/2012 - Pentagrama Publicações.


Imagem: RibhavAgrawal, por Pixabay.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Há momentos em que o mundo inteiro nega a verdade que você conhece.

 "Há momentos em que o mundo inteiro nega a verdade que você conhece. 


Há momentos em que você deve ser um leão. Vezes para ser uma águia. Mas agora você deve ser uma pedra. 

Agora você não deve se encolher, nem de forma alguma reconhecer a existência das poderosas ondas que desmoronam sobre você, conspirando para triturá -lo para lixar, para afastar você para se juntar a elas no vasto oceano. 

Você deve ser a rocha dura e imóvel que está na essência de sua alma, a voz de além de toda essa realidade efêmera, de além de todos os tempos e espaço, que diz: "Eles não são nada. Não há mais nada além de ele". 

Começa com você. E então acontece em seu mundo: a crosta externa de fachada começa a rachar, a realidade essencial é revelada, a tempestade se dissipa como se nunca tenha sido, e todas as coisas começam a dizer: "Eu não sou uma coisa. Na verdade, não há mais ninguém além de ele". 


Rabino Tzvi Freeman

Obra de arte - o leão israelita

segunda-feira, 7 de abril de 2025

A PRECE - TOM Tradicional Ordem Martinista

 

A PRECE - TOM Tradicional Ordem Martinista

Saint-Martin declarava que a prece é a chave fundamental da viagem mística, da verdadeira iniciação. Esta prece que na verdade pode ser traduzida como uma meditação ou uma comunhão silenciosa com o Criador. Pasqualy alimentava a idéia que a prece deveria ser proferida, ou seja, que a prece deveria ser essencialmente vocal, falada ou cantada, já Saint-Martin defendia dois procedimentos diferentes: a prece mental ou silenciosa tem uma força protetora e atrativa com relação ao Bem, enquanto que a prece falada, cantada ou vocalizada acrescenta a essas qualidades o poder de vencer os inimigos ou as diversidades o que, logicamente a torna mais forte e superior.


Saint-Martin explicava: " A prece é o verdadeiro alimento da alma, é quando ela coloca principalmente em ação todas as suas faculdades ; também é dela que ele retira suas maiores forças e toda evidência da luz. O estado da alma na oração é um combate em que ela se despoja de tudo que lhe seja estranho, para se renovar com toda pureza, claridade e sublimidade de sua natureza".

Finalizamos este artigo, com um conselho dado por Saint-Martin a respeito da prece:

"O segredo de nosso progresso consiste na oração, 

o segredo da prece na preparação, 
o segredo da preparação numa conduta pura, 
o segredo de uma conduta pura no temor a Deus, 
o segredo do temor a Deus em seu amor. 
Assim, o amor é o princípio e o centro de todos os segredos”.




domingo, 6 de abril de 2025

Arroz com Camarão e Abacate

 

Arroz com Camarão e Abacate




Ingredientes para 2 pessoas:

2 chávenas de arroz branco já cozinhado (sobras de outra refeição)
1 abacate maduro
250g de miolo de camarão
1 lima
sal e pimenta q.b.
1 colher de sopa de azeite
1 dente de alho
1 pedacinho pequeno de gengibre fresco
1 raminho de coentros frescos

Preparação:

Tempere o miolo de camarão com o sumo e a raspa da lima, o dente de alho ralado, bem como o gengibre. Acrescente o sal e a pimenta e deixe marinar um pouco.
Entretanto descasque o abacate e corte-o em fatias finas.
Leve uma frigideira anti aderente ao lume com o azeite e deixe aquecer bem. Junte o camarão, escorrido da marinada e deixe saltear até ficar cozinhado. Junte depois a marinhada, deixe fervilhar um pouco e retire do lume.
No fundo de uma taça coloque o arroz previamente aquecido e cubra com o abacate em fatias. Por cima disponha o camarão e regue o arroz com o molho que se formou.
Polvilhe tudo com os coentros frescos e sirva de imediato.


Bom Apetite!

Ação e Não Reação

 Ação e Não Reação Parece a quem está longe do altar que aquele que não reage é passivo, contudo, para o Verdadeiro místico, é na verdade o ...